Acessibilidade a prédios públicos é questionada por cadeirante
O Jornal Cidade tem acompanhado drama de cadeirantes e pessoas com mobilidade reduzida em seu cotidiano na cidade, cuja parcela da comunidade vê-se desemparada diante do não cumprimento das leis vigentes e, consequente, fiscalização para o funcionamento dos serviços especiais de locomoção. A ausência de rampas, guias e outros mecanismos em estabelecimentos comerciais, prédios públicos, e demais projetos arquitetônicos são alguns dos pontos falhos.
Cadeirante desde o nascimento, Rodolfo Sarudiansky reclama de irregularidades e falhas nas adaptações disponíveis nas próprias repartições municipais, sendo que há legislação própria (leis nº 3.473/2004 e 3.834/200) que dispõem sobre a promoção da acessibilidade. Segundo conta, no último dia 11, dirigiu-se ao Daae (Departamento Autônomo de Água e Esgoto) para fazer o pedido de ligação de água em um terreno. Devido à falta de guias rebaixadas para atravessar a praça pública que dá acesso à autarquia, um representante foi em seu lugar devido à dificuldade para locomoção.
“A situação é difícil e, também, não há meios para um cadeirante entrar no prédio do departamento, pois há degrau na entrada principal”, explica. Aponta, ainda, que o CentroCultural e o Paço Municipal não estão adaptados para receber adequadamente esse tipo de público, seja por falta de rampas de acesso, elevador, presença de obstáculos, entre outros.
Em resposta à reclamação, a diretoria Municipal de Comunicação afirma que há guia rebaixada para acesso à praça onde fica o Daae. “A guia rebaixada fica na Avenida 8-A com a Rua 4-BA, que dá acesso à Praça Dr. Sólon Mendonça Rego Barros, localizada na área de entorno do prédio da autarquia, no bairro Cidade Nova”.
A reportagem do JC esteve no local com Sarudiansky, a fim de verificar a denúncia e a guia rebaixada conforme informada. Esta, no entanto, foi instalada em via de fluxo intenso, fora da faixa de pedestres, em local de Proibido Estacionar e fica a certa distância da praça que dá acesso ao Daae. Apesar do recurso, o cadeirante depara-se com um degrau na entrada principal do departamento. “Falta bom senso e prioridades por parte do poder público. Não basta fazer, e sim promover a inclusão de forma adequada”, conclui.
Fonte:Jornal Cidade..
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