terça-feira, 29 de maio de 2012


Acessibilidade Nos Jogos Olímpicos É Prioridade Na Elaboração Do Projeto



A questão da acessibilidade para os Jogos Olímpicos de 2016 é prioritária neste momento, avalia o presidente da Autoridade Pública Olímpica (APO), o ex-ministro Marcio Fortes. “O momento é agora ou nunca. Porque agora, na elaboração dos projetos, você vai dizer o que fazer“, disse ele, em entrevista à Agência Brasil.
Segundo Marcio Fortes, este ano terão início os projetos básicos das instalações dos Jogos, na Barra da Tijuca, que se estenderão até fevereiro de 2013. Além disso, há os projetos executivos, cuja previsão de conclusão no estado é abril do próximo ano.
O presidente da APO vai discutir com a ministra da Secretaria dos Direitos Humanos, Maria do Rosário, e representantes dos ministérios públicos Federal e Estadual, a necessidade de se fazer algum ajuste na área da acessibilidade para os Jogos Olímpicos. No próximo dia 4, está agendada reunião, às 11h, com o Ministério Público Federal, em Brasília, sobre o tema. O debate deverá envolver também as entidades representativas de pessoas com deficiência.
A discussão da acessibilidade durante os Jogos envolve a questão dos percentuais aplicáveis às exigências legais ou aos interesses dos organizadores. Marcio Fortes destacou que a tendência inicial é seguir a lei no que se refere às pessoas com deficiência. A legislação brasileira estabelece que 2% da capacidade dos estádios têm que estar reservados a pessoas que precisam de cadeiras de rodas para se locomover e seus acompanhantes, que não podem estar concentrados em uma única área determinada. No exterior, o percentual estabelecido é 1%. ”É preciso discutir os percentuais aplicáveis às exigências legais ou de práticas anteriores”, destacou Marcio Fortes.
O respeito aos direitos das pessoas com deficiência está relacionado às instalações, no caso de cadeirantes; ao piso tátil, no caso de pessoas com deficiência visual; e a acompanhantes, para quem tem deficiência auditiva.
Marcio Fortes Fortes informou que a Lei Geral da Copa, aprovada pelo Congresso Nacional, trata da reserva de bilhetes para pessoas com necessidades especiais. “Mas não fala em 2%”. As entidades poderão negociar até 1% do total de bilhetes disponibilizados para esse segmento da população, condicionados à existência de facilidades específicas, entre as quais rampas e banheiros com portas maiores e barras de apoio.
Em Londres, onde serão realizadas as Olimpíadas deste ano, foi definido que 1% dos bilhetes poderá ser vendido para cadeirantes. O pleito dos organizadores dos Jogos no Brasil é que sejam adotadas regras mais flexíveis, com percentual de 1% nas Olimpíadas e 1,5% nas Paraolimpíadas.
Segundo Marcio Fortes, a questão da bilheteria pode estar por trás dos problemas relativos à acessibilidade para pessoas com necessidades especiais. Ele lembrou que alterações nos projetos representam aumento de custos. Por outro lado, disse que é preciso atentar para a segurança das pessoas com deficiência.

Alana Gandra
Repórter da Agência Brasil
Edição Juliana Andrade
Edição Título Márcia Martins/FPM


quinta-feira, 17 de maio de 2012


Cadeira de rodas motorizadas são entregues para população cadastrada. Governador criou Comitê Gestor das Políticas Públicas para as pessoas com deficiência no DF.
O governador Agnelo Queiroz entregou, na manhã de 15/05, 30 cadeiras de rodas motorizadas para pacientes cadastrados e avaliados pela Gerência de Órteses e Próteses da Secretaria de Saúde doDistrito Federal. Participaram da solenidade os secretários de Saúde, Rafael Barbosa, e o de Justiça, Alírio Neto, entre outros representantes de deficientes do DF. O primeiro a receber a cadeira foi o atleta paralímpico Heitor de Lima Araújo.
Segundo o GDF, outras 45 cadeiras já estão sendo compradas e os pacientes indicados passarão por uma avaliação a fim de definir as adaptações necessárias. Cada cadeira custou R$ 7.050,00, somando o valor de R$ 211.500,00. A manutenção das cadeiras é de responsabilidade dos pacientes, mas elas contam com garantia de um ano e vêm com baterias recarregáveis.
No evento, Agnelo Queiroz ainda assinou decreto que institui a criação do Comitê Gestor das Políticas Públicas para as pessoas com deficiência no DF.  “A assinatura desse decreto tem como medida promover a articulação de projetos e ações para as pessoas com deficiência, por meio da integração das secretarias de Estado e de outros órgãos do GDF”, observou o governador. Ele ressaltou que os membros do comitê deverão se reunir periodicamente e apresentar um relatório técnico-político.
“Esse documento irá viabilizar a elaboração do plano distrital de políticas públicas para as pessoas com deficiência no DF”, disse Agnelo.  Entre as medidas anunciadas, estão melhorias no acesso à educação, propor a ampliação e participação das pessoas com deficiência no mercado de trabalho, ampliar o acesso das pessoas com deficiência em políticas de assistência social e combate à extrema pobreza, além de prevenir as causas da deficiência e melhorar o tratamento e reabilitação.
GDF adota medidas para garantir melhor atendimento ao segmento
Segundo o último censo do IBGE, aproximadamente 500 mil habitantes do DF têm alguma deficiência, o que representa 22% da população. Segundo Agnelo, em 2011, o GDF investiu R$ 105 milhões em ações voltadas para políticas de pessoas com deficiência. “Convocamos pessoas e familiares para o programa Morar Bem, garantimos a acessibilidade das pessoas com deficiência na nova frota de ônibus, estamos trocando os elevadores na Rodoviária do Plano Piloto. E, somente no ano passado, entregamos 162 cadeiras esportivas para atletas paraolímpicos e hoje entregamos mais 30”, destacou o governador.
O secretário de Justiça, Alírio Neto, também anunciou a reforma do espaço da cidadania. “O espaço será transformado em um local para atendimento exclusivo para pessoas com deficiência. Terá um posto do Na Hora direcionado especificamente para pessoas com deficiência. Também, em breve, teremos um site totalmente acessível. Já está adaptado para pessoas com deficiência auditiva e, em breve, oferecerá acessibilidade para pessoas com deficiência visual”, finaliza.

Fonte: http://coletivo.maiscomunidade.com/

terça-feira, 15 de maio de 2012


Empresas que recebem benefícios fiscais da Copa deverão reservar vagas a pessoas com deficiência

As empresas que recebem benefícios fiscais para atuar em atividades relacionadas à Copa das Confederações (2013), à Copa do Mundo (2014) e aos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos (2016) deverão reservar 5% dos postos de trabalho a pessoas com deficiência.
A medida está prevista em projeto de lei do Senado (PLS 506/2011) aprovado nesta terça-feira (15) pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE) do Senado.

Como foi aprovada em caráter terminativo, a matéria poderá seguir para a Câmara dos Deputados se não houver recurso para exame pelo Plenário.
De autoria do senador Lindbergh Farias (PT-RJ), o projeto altera a Lei 12.350/ 2010, que regula as medidas tributárias referentes à realização desses eventos esportivos. Essas cotas de emprego para pessoas com deficiência serão reservadas sem prejuízo daquelas já previstas na Lei 8.213/1991. O projeto também dá prazo de 90 dias para as empresas se ajustarem às condições estabelecidas.
Justiça
O relator, senador Benedito de Lira (PP-AL), disse que a proposição é meritória e de profunda justiça social, “pois permite que os encargos assumidos pelo país na organização dos maiores eventos esportivos do mundo possam ser revertidos na inserção das pessoas com deficiência nas oportunidades de emprego que deverão surgir”.
Benedito de Lira observou que as isenções fiscais previstas são elevadas. Somente no âmbito federal, as empresas participantes estarão desoneradas do pagamento do Programa de Integração Social (PIS/Pasep), da Contribuição para o Financiamento da Seguridade Social (Cofins), do Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) e do Imposto sobre Importação.
Nos estados, haverá a isenção do pagamento de Imposto sobre Circulação de Mercadorias e Serviços (ICMS) nas operações em que também for aplicável o benefício dos tributos federais.
– Desse modo, nada mais justo que todos aqueles que sejam beneficiados com incentivos contribuam com a inclusão da pessoa com deficiência – acrescentou.


MPF/AL requer medidas de segurança e de acessibilidade no Aeroporto Zumbi dos Palmares

O Ministério Público Federal (MPF) em Alagoas ingressou, nessa quarta-feira (9), com ação civil pública em face da Empresa Brasileira de Infra-Estrutura Aeroportuária (Infraero)
A finalidade é garantir a regularização do Aeroporto Internacional de Maceió Zumbi dos Palmares. Foi constatada a necessidade de reformas no sistema de prevenção contra incêndios e pânico e de obras para melhor acessibilidade de portadores de deficiência física.
A ação, de autoria da procuradora da República Niedja Kaspary, tem como origem o inquérito civil público nº 1.11.000.001272/2007-72. Por meio das investigações, foi apurado que o sistema adotado pelo aeroporto não possui Plano de Prevenção contra Incêndios e Pânicos aprovado pelo Corpo de Bombeiros Militar de Alagoas (CBM/AL).
A representante do MPF requer ainda que a Infraero apresente ao Instituto do Meio Ambiente do Estado de Alagoas (IMA/AL) as atualizações do Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos posteriores a abril de 2007.
Histórico do caso – No final de 2007, o Conselho Regional de Engenharia, Arquitetura e Agronomia de Alagoas (CREA/AL) fez uma representação ao MPF baseada no relatório de Fiscalização Preventiva e Integrada (FPI), realizada nas dependências do Aeroporto Zumbi dos Palmares.
A Infraero chegou a ser informada a respeito das irregularidades e se manifestou no sentido de que as medidas seriam tomadas junto aos respectivos órgãos (CBM e IMA). Somente ao que era atinente às reformas de acessibilidade, ficou assegurado que em 2009 os trabalhos seriam feitos, uma vez que dependeria de dotação orçamentária.
Posteriormente, o Corpo de Bombeiros informou que o Projeto de Prevenção contra Incêndio e Pânico havia sido apresentado, no entanto, era importante o cumprimento de exigências para aprovação do mesmo.
A Infraero chegou a responsabilizar a Construtora OAS pela morosidade na solução das pendências. As irregularidades foram observadas ainda em fiscalizações da própria empresa pública feitas em dezembro de 2011.
De acordo com a procuradora Niedja Kaspary, as informações prestadas pela Infraero, ao longo do inquérito, foram evasivas e desacompanhadas de quaisquer provas. “Temos observado a resistência da Infraero em atender as normas de segurança, acessibilidade e ambientais, pondo em risco toda a coletividade que faz uso do Aeroporto Zumbi dos Palmares. Já se passaram mais de quatro anos desde o início do inquérito”, explicou.
Incêndio e pânico – No que diz respeito ao sistema de prevenção contra incêndios e pânico, entre os problemas, está a ausência de detectores de fumaça e de gás. Não foram apresentadas também provas de que a central de alarme voltou a operar em 23 de janeiro deste ano, como declarado pela Infraero. Essas irregularidades ferem o Código de Segurança Contra Incêndio e Pânico do Estado de Alagoas (decreto nº 4.179/2009).
Acessibilidade – O direito ao livre acesso pelos portadores de deficiência física está previsto no artigo 227, § 1º, II, da Constituição Federal. O tema é abordado ainda nas Leis nº 7.853/89 e 10.098/00. Apesar das normas citadas, o Aeroporto Internacional de Maceió possui uma série de problemas que vão desde a falta de piso tátil de alerta na borda do espelho d´água e da jardineira ao balcão de atendimento com altura superior à permitida.
Meio ambiente – Foi constatado também que, desde abril de 2007, o Plano de Gerenciamento de Resíduos Sólidos não é atualizado, tampouco aprovado pelos órgãos ambientais. A Lei nº 6.938/81 preconiza que a ausência desse projeto pode acarretar a degradação e a poluição do meio ambiente.
Caso as medidas não sejam adotadas pela Infraero, a ação prevê a aplicação de multa no valor a ser estipulado pelo magistrado.
A ação tramita na 2ª Vara Federal, sob o nº 0002820-52.2012.4.05.8000.

Fonte: Assessoria de comunicação
Ministério Público Federal em Alagoas

quinta-feira, 10 de maio de 2012


Mulher com paralisia defende tese de doutorado na USP


Ana Amália Tavares Barbosa, de 46 anos, defendeu nesta quarta-feira (9) sua tese de doutorado na Universidade de São Paulo (USP). Com paralisia em quase todo o corpo, em razão de um acidente vascular cerebral (AVC) ocorrido no dia em que deveria ter apresentado sua tese de mestrado - há dez anos, Amália desenvolveu todo seu doutorado apenas com os poucos movimentos motores que lhe sobraram: o piscar dos olhos e o abrir e fechar da boca.

O AVC sofrido por Amália é conhecido como tronco cerebral, em que a pessoa perde quase todos os movimentos do corpo, a fala, a capacidade de comer e beber. Mas permanece com a consciência ativa, a cognição e a memória perfeitas. “As únicas coisas que sobraram ela está usando e bastante, que é a cognição, a memória. E a audição, porque mesmo a visão ela tem dupla, difícil de controlar”, conta a mãe Ana Mae Barbosa.

Durante a defesa de sua tese, feita no Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo, no Parque Ibirapuera, Amália respondia aos questionamentos da banca avaliadora com movimentos da boca. Um telão mostrava um alfabeto completo, que tinha suas letras destacadas a cada segundo por um programa de computador. Para formar palavras, Amália tinha de abrir a boca quando a letra que ela queria selecionar aparecia destacada.

A mãe conta que Amália teve receio em fazer o doutorado por temer o tratamento que poderia receber na universidade. Um dia, no entanto, ela encontrou uma estatística dizendo que só 1,2% das pessoas com deficiências físicas no Brasil tinha mais de oito anos de escolaridade.

“Ela fez [o doutorado] por uma questão de princípio, para mostrar que o deficiente pode. E é apenas uma questão de flexibilização das instituições [para atender a pessoas com deficiências físicas]. Ela foi muito respeitada na USP, e eu uso até como troféu uma nota C que ela teve, que mostra que ela não foi maternalizada”, diz a mãe.

A tese defendida por Amália, na área de Educação e Arte, analisou a percepção corporal de alunos com algum tipo de paralisia cerebral. Os estudantes pesquisados fazem parte da Associação Nosso Sonho, onde Amália leciona.
Fonte: Agência Brasil
Aposentado não recebe benefício por falta de acessibilidade na CEF


João sofreu acidente de trabalho e, deficiente, ficou impedido de ter acesso à aposentadoria por falta de acessibilidade
Aposentado denuncia falta de acessibilidade em agência bancária da Caixa Econômica Federal. João Luiz do Nascimento é aposentado por invalidez devido a acidente de trabalho e tem bastante dificuldade em receber seu benefício, por falta de acesso na agência da Caixa Econômica localizada na avenida Leopoldino de Oliveira.
“Sofri um acidente de trabalho há alguns anos e me tornei deficiente físico. Consegui minha aposentadoria, mas, por algum tempo, tive dificuldades em recebê-la, pois não tinha como chegar à sala do gerente que me atende na Caixa Econômica Federal. A sala dele ficava no terceiro andar e o elevador não parava nesse local. O único jeito de chegar até meu gerente era desembarcando no quarto andar para depois descer mais uma leva de escadas, ou então pelo segundo andar, de onde subia as escadas e chegava até o terceiro, o que me trazia transtornos por conta deficiência na perna direita”, explica João Luiz, indignado com a situação, pois, segundo ele, isso não é acessibilidade.
De acordo com a Lei Municipal 10.304/07 – modificada pela Lei 10.901/10, em toda agência bancária o tempo na fila de espera deve ser de no mínimo 20 minutos e a segurança, reforçada. Além da segurança com a implantação de câmeras externas, o banco deve oferecer conforto para os clientes, com a colocação de cadeiras, e acessibilidade, com banheiros adaptados e a implantação de rampas e elevadores de acesso. “Sei que alguns bancos particulares estão sendo notificados por não estar cumprindo as determinações, mas peço para que os fiscais do Procon passem pela Caixa Econômica Federal, pois lá a norma quanto à acessibilidade está sendo descumprida”, explica João Luiz.
De acordo com o gerente da Caixa Econômica Federal, Domingos Sávio, o elevador que existe na agência dá acesso ao primeiro andar do prédio, onde estão disponíveis dois gerentes, banheiros adaptados e caixas. O gerente informa que neste andar o deficiente pode resolver todas as pendências, não tendo necessidade de ir ao segundo, terceiro ou quarto andar. Mas, se ainda assim a pessoa precisar chegar a esses locais, basta solicitar a presença do gerente.


segunda-feira, 7 de maio de 2012


Profissional com deficiência tem 1º          emprego e volta a sonhar



Rosemeire Gallucci tem uma deficiência leve na mão esquerda. Paulistana, parou de estudar cedo e aos 15, se casou e teve dois filhos. "Coisa de família antiga", explica. Ela nunca havia trabalhado, até sua sobrinha a inscrever no cadastro de currículos de pessoas com deficiência em uma grande empresa. Há três anos empregada, Rose agora se diz uma nova pessoa.
Ela sempre trabalhou, mas em casa, com artesanato. Mas com o emprego, a forma como as pessoas a veem e a tratam mudou radicalmente. Antes, explica, era excluída das conversas familiares e vista como uma pessoa dependente pelos vizinhos. Mas a renda e responsabilidades assumidas em uma grande corporação mudaram tudo.
Um renascimento, é como ela define a conquista da carteira assinada. Quando foi chamada para entrevista, não acreditava que aquilo estava acontecendo. Nunca havia sentado a frente de um empregador. "Fiquei ansiosa, não sabia o que falar", explica.
Mas a companhia aérea TAM lhe deu a oportunidade. E por três meses ela recebeu um curso de qualificação profissional em que aprendeu informática, português, matemática, postura profissional, incluindo como se portar em uma entrevista. "Eu voltei a viver muitas coisas que havia deixado no passado. Aprendi muita coisa como profissional, mas também como pessoa. Passei a ter mais confiança em mim", relata.
Após a formação, Rose passou por uma segunda entrevista, para ser encaminhada a uma das áreas da empresa. Foi chamada para ser auxiliar administrativa no setor de treinamentos da TAM, onde toda a equipe vê nela uma grande inspiração e exemplo de superação.
De acordo com a responsável pela área de Treinamento, Melissa Casagrande Lourenço, após o curso e com o início do trabalho, Rose mudou completamente, ganhou desenvoltura, resolve problemas quando eles aparecem. "É emocionante para nós ver esta transformação", afirma.
E os desafios de Rose eram de todo tipo, mas ela os encarou sem medo. No início do trabalho, haveria um treinamento de aeromoças e Rose teria de ajudar a organizar taças de vinho. Mas ela nunca havia segurado uma taça e receava acidentes. Assim, dias antes do treinamento, resolveu pedir à vizinha algumas taças emprestadas para treinar e ficar mais segura.
Segundo seus colegas de trabalho, essa tem sido sua postura diante dos desafios nestes três anos. Hoje, com seu salário, Rose ajuda a pagar as contas em casa. Mas o mais importante, para ela, é a possibilidade de planejar seu futuro. Ou seja, ela passou a sonhar. "Agora eu posso fazer."

quarta-feira, 2 de maio de 2012

ATLETAS MOSTRAM SUA FOÇA EM NATAL NO CIRCUITO NORTE NORDESTE DO CIRCUITO LOTERIAS CAIXA.


Renovação. Esta pode ser a palavra que define a Etapa Norte/Nordeste do Circuito Loterias CAIXA Brasil de Atletismo, Halterofilismo e Natação, que começou nesta sexta-feira (27) e termina domingo, em Natal (RN). Para o coordenador nacional da Natação, Murilo Barreto, o desempenho de alguns jovens talentos nos dão boas perspectivas para o futuro da modalidade.
“Eles mostraram um grande avanço técnico em relação a 2011”, analisou.
Jasmin Dias Ribeiro é um dos exemplos de jovens que tiveram bom desempenho nas águas.  Aos 15 anos, ela participará na próxima semana dos Jogos Estudantis Olímpico e Paralímpico, realizado em Londres, Inglaterra.
“Nunca saí do país. Estou com muita expectativa de nadar o meu melhor em Londres. Sonho em participar dos Jogos do Rio 2016 e treino todos os dias para isso”, disse a garota.
“A Jasmin tem tempos fortes para a idade e classe que compete. Ela tem restrição articular de movimento, nada na classe S10, e foi escolhida pelo Ministério do Esporte para participar da competição”, disse a classificadora funcional Natacha Azevedo. No Circuito, Jasmin levou o ouro nos 100m costas, 100m livre e a prata nos 50m livre.
Na pista do Caic foram quebrados seis recordes brasileiros.
“Tivemos bons resultados como os do Francisco Daniel, que quebrou o recorde brasileiro nos 800m T37 (2m12s84), Francisco Jeferson e Maria Pâmela. Os resultados mostram uma boa evolução”, comentou o coordenador nacional do Atletismo, Ciro Winckler.
Tidas como celeiro de novos talentos, as etapas regionais são a chance dos atletas conquistarem índice para competirem nas etapas nacionais, no segundo semestre, e, caso se destaquem, chegarem à Seleção Brasileira.
É o sonho da cearense Marciana Souza, 27 anos, da ADM/CE, que quebrou dois Recordes Brasileiros neste sábado (28). A jovem, que também é jogadora do time de basquete Guerreiras sobre Rodas, conquistou a melhor marca nacional nos 100m (20s45) e 800m (2m36s96) T54.
“Integrar a Seleção Brasileira é um grande sonho e sinto cada vez mais estar próxima dele. Sou dona também do Recorde Brasileiro nos 400m e tentarei melhorar ainda mais meu tempo amanhã (domingo)”, revelou.
São mais de 500 participantes, sendo 351 atletas de dez estados. As disputas continuam neste domingo até às 12h. Todos os resultados da Natação e Atletismo podem ser conferidos e acompanhados ao vivo no site http://neocompeticao.com.br/circaixanortenordeste/default.asp
Resultados do Halterofilismo
Feminino -40kg, -44kg e -48kg
1º Maria Luzineide de Oliveira – SADEF/RN – 83kg (Recorde Brasileiro)
2º Maria Rizonaide da Silva – SADEF/RN – 63,065kg
3º Amara Vieira – SADEF/RN – 41,117kg
Masculino -48kg
1º Ailton Silva – SADEF/RN – 116kg
2º Josenildo da Silva – SADEF/RN – 110kg
3º Helenilton Santos – APODEC/PE – 98kg
Masculino -52kg
1º Alexandre Gouveia – ANDEF/RJ – 130kg
2º Francielio Ferreira – SADEF/RN – 102kg
Masculino -56kg
1º Bruno Nascimento – CADI BRASIL/SP – 150kg
2º Marcos Fernandes – CERSI/SP – 116kg
3º Wellington Jorge – CADEF/RN – 112kg
Masculino -60kg
1º Celso Monteiro – ACD/RS – 110kg
2º Rogerio Bena – ADEFIL/PR – 90kg
Masculino -67,5kg
1º Jose Marques – CAPP/PE – 140kg
2º Luciano Dantas – UBERLANDIA/MG – 135kg
3º Severino Carmo – APODEC/PE – 106kg
Feminino -52kg a -67,5kg
1º Terezinha dos Santos – SADEF/RN – 94,187kg
2º Maria do Socorro dos Santos – SADEF/RN – 73,419kg
3º Rene Souza – SADEF/RN – 69,663kg
Masculino -75kg
1º Evanio da Silva – CADI BRASIL/SP – 170kg
2º Ailton de Souza – AAPD/PB – 150kg
3º Raimundo de Oliveira – SADEF/RN – 140kg
Masculino -82,5kg
1º Joao Batista – SADEF/RN – 155kg
2º Reinaldo de Carvalho – CADI BRASIL/SP – 146kg
3º Denilson de Souza – ADEFA/AM – 150kg
Masculino -90kg
1º Dirceu Santana – CADI BRASIL/SP – 141kg
2º Marcelo Bezerra – ADEFA/AM – 80kg
Masculino -100kg
1º Joseano Felipe – CADEF/RN – 193kg (Recorde Brasileiro)
2º Jose Ricardo Silva – ADEFA/AM – 184kg
3º Christian Porteiro – CADI BRASIL/SP – 161kg
PROVAS
ATLETISMO
Horário: 8h às 12h
Local: Caic – Avenida Jerônimo Câmara, Lagoa Nova, Natal (RN)
HALTEROFILISMO
Horário: 10h às 12h no domingo
Local: Hotel Parque da Costeira – Avenida Senador Dinarte de Medeiros Mariz, 1195, Ponta Negra, Natal (RN)
NATAÇÃO
Horário: 8h30 às 11h
Local: Sesi/Natal – Avenida Capitão M Gouveia, 1480, Natal (RN)

Fonte: http://www.cpb.org.br/

Deputado questiona medidas concretas para o Turismo Acessível Português



Deputado Mendes Bota questionou hoje o Governo sobre as medidas concretas que já tomou, ou tenciona vir a tomar, no sentido de uma aposta forte no chamado “Turismo Acessível” para pessoas de mobilidade reduzida. Eis o texto integral da iniciativa parlamentar do deputado Mendes Bota, enviado à Presidente da Assembleia da República de Portugal:
Na busca de alternativas que tenham como fim o combate à sazonalidade, a descoberta de novos nichos de mercado e o aprofundamento de um turismo que se quer cada vez mais integrante e efectivamente universal, diversos estudos têm vindo a mostrar a aposta no chamado Turismo Acessível como sendo uma aposta não apenas sustentável, mas rentável também, mais humana e democrática.
Efectivamente, a figura do “viajante portador de deficiência” ajusta-se, hoje em dia, à de alguém que viaja cada vez mais, estimando-se em 7,5 milhões o número destes turistas que circulam pela Europa anualmente, no que equivalerá sensivelmente a 156 milhões de noites. Dados recentes têm vindo a demonstrar que o viajante portador de deficiência faz-se normalmente acompanhar nas suas deslocações, o que eleva o público-alvo a um potencial de 130 milhões de pessoas, tornando-se num dos segmentos do mercado mais apetecível para os destinos turísticos.
Porém, o conceito de turismo acessível, nas suas diversas componentes legislativas, estruturais e funcionais, uma vez posto em prática – quando efectivamente o é – possui um alcance que visa o benefício não só destas pessoas, mas também de todo um grupo que se enquadra num conceito de ‘pessoas com mobilidade reduzida’. Neste último grupo incluem-se, por exemplo, crianças, idosos, pessoas obesas ou temporariamente incapacitadas – ou seja, um grupo que abrange, segundo as últimas estimativas, 60% da população na zona da OCDE.
Será, portanto, escusado mencionar o enorme potencial turístico e económico que uma aposta neste sector específico de mercado traria ao País. Efectivamente, quando se olha para os recentes estudos que indicam que 81% das pessoas deste grupo viajariam caso tivessem acesso a zonas socialmente ‘conscientes’ das suas dificuldades e preparadas para recebê-las, percebemos facilmente a magnitude da oportunidade com que nos deparamos. Só na Alemanha, por exemplo, este sector de mercado representa um volume de negócios na ordem dos 1570 milhões de euros…
Portugal é hoje conhecido como destino turístico de excelência, quer pela sua diversidade de oferta e climática, pelas suas praias inigualáveis, mas também por um tipo de hospitalidade vincada no próprio ADN de todo um povo e reconhecida pelos milhões de turistas que por cá já passaram. Tudo isso são factores de distinção que fazem da marca Portugal uma marca com identidade própria lá fora. Daí a importância de nos distinguirmos neste sector específico – o do turismo acessível – de outros destinos que, ou não podem associar esta especialidade a um cunho cultural e geográfico semelhante ao nosso, ou simplesmente não se encontram ainda alertados para o potencial económico que tal aposta encerra.
Nesta era da comunicação e divulgação, em que a informação que é disponibilizada num minuto é no minuto seguinte estendida a milhões de pessoas, nunca é demais salientar a importância de sermos dos primeiros a desbravar o caminho até este precioso nicho de mercado, assim como difundir o teor da nossa oferta de forma clara e objectiva. Está provado que as pessoas, enquanto turistas, tendem mais a fidelizar-se perante uma oferta de qualidade, e não menos importante nesta matéria é a efectividade com que esta é divulgada. Pelo contrário, torna-se mais difícil a captação de turistas, ainda que a nossa oferta seja mais atractiva, quando estes se encontram já fidelizados a outros mercados. A chave do sucesso reside pois na rapidez da elaboração de um turismo acessível estruturante e a sua posterior divulgação. Trata-se de um comboio que o País não pode perder, sob pena de tornar-se duplamente difícil apanhá-lo no futuro.
Por iniciativa muitas vezes isolada, algumas Câmaras e ERT’s – sendo aqui de elementar justiça salientar o esforço de Almeida Pires no Algarve – puseram já em marcha programas de adaptação de espaços e edifícios públicos a esta nova realidade, assim como um reforço da exigência para todas as novas construções. Mas isto só não basta. As cidades ‘acessíveis’ devem ser um desígnio nacional, não só pelos benefícios que trazem aos grupos alvo, mas pelo efeito de arrastamento que isto implica na consciencialização dos cidadãos e na evolução para uma democracia mais justa. Poder-se-á dizer mais: a elaboração e adopção de medidas transversais nesta área, da parte do governo, é um dever moral para com os cidadãos deste país.
De facto, não faz qualquer sentido que a acção nesta área fique entregue apenas nas mãos das Câmaras, ERT’s e privados – mormente o louvável esforço levado a cabo por alguns destes –, arriscando-se o país, como é apanágio perante a ausência de uma legislação transversal, a ver brotar uma panóplia de ofertas incongruentes, consoante o contexto, as necessidades e motivações de cada região. O Estado poderia, por exemplo, desempenhar um papel mais activo nas acções de sensibilização e formação, assim como na criação de uma estrutura de informação unificada que reunisse a globalidade da oferta do País neste sector. O Estado, por assim dizer, deve ser líder nesta matéria, e não seguidor.
Tendo portanto em conta os aspectos acima nomeados, assim como as linhas do programa do XIX Governo Constitucional que referem, no capítulo “Turismo”, que “a estratégia do Governo […] consubstancia-se na diferenciação e autenticidade do serviço e do produto, com presença numa combinação de mercados que reduzam as debilidades actuais de concentração em mercados e produtos, através da incorporação de elementos de inovação […]”, e nas alíneas em que se compromete a “reforçar a acção reguladora e a visão estratégica partilhada entre actores públicos e privados”, “dar maior expressão aos programas de Turismo Sénior, […] Turismo para Cidadãos com deficiências e incapacidades, […] e Turismo de Saúde”, e “apostar no crescimento das receitas por Turista”, ao abrigo das disposições constitucionais, legais e regimentais, solicita-se a V. Exa. se digne obter do Ministério da Economia e Emprego resposta à seguinte pergunta:
- Que medidas concretas já tomou, ou pensa o Governo vir a tomar, no sentido de apostar fortemente na captação da procura do chamado “Turismo Acessível”, à luz de todo o enunciado atrás descrito?

SUS: pessoas com deficiência ganham rede de cuidados




A Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência foi instituida nesta quarta-feira, 24 de abril, pelo Diário Oficial da União (DOU). A rede amplia  e articula pontos de atenção a Saúde para pessoas com deficiência. No país, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), 45 milhões de deficientes devem ser beneficiados.
Com o objetivo de ampliar o acesso e qualificar o atendimento a esse grupo de pessoas, a rede ainda promove a vinculação de deficientes e suas famílias aos pontos de atenção. Além disso, deve garantir articulação e a integração dos pontos de atenção das redes de Saúde no território, qualificando o cuidado por meio do acolhimento e classificação de risco.
É importante destacar que a operacionalização da implantação do projeto passa pela execução de quatro fases: diagnóstico e desenho regional da rede; adesão ao projeto; contratualização dos pontos de atenção e a implantação e acompanhamento pelo grupo condutor estadual da rede.

O cumprimento das metas relacionadas às ações da Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência será acompanhado de acordo com o plano de ação regional e dos planos de ação municipais. Além disso, os Municípios ficarão responsáveis pela implementação e a coordenação do Grupo Condutor Municipal, a contratualização dos pontos de atenção, incluído o respectivo financiamento, monitoramento e a avaliação da Rede.
A Rede de Cuidados à Pessoa com Deficiência  se organiza em três componentes: atenção básica; atenção especializada em reabilitação auditiva, física, intelectual, visual, e em múltiplas deficiências e a atenção hospitalar de urgência e emergência. Os critérios definidos para implantação de cada componente e seu financiamento por parte da União serão objeto de normas específicas que serão  previamente discutidas e pactuadas no âmbito da Comissão Intergestores Tripartite (CIT).
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